terça-feira, 27 de maio de 2008

Semana Heroes: Jack Coleman

Agora é a vez do pai de Claire. O ator Jack Coleman fez mais piadas do que disse informações importantes. Kristin pergunta se ele irá "derrubar" Kristen Bell novamente e ele diz que é certo que ela retorne para alguns episódios da temporada, mas não sabe ao certo quantos. Jack disse que antes da greve sabia exatamente o que ia acontecer com seu personagem e o de Bell (a elétrica Elle), mas depois que a greve veio tudo mudou e ele não sabe bem como as coisas serão no futuro. Parece mesmo que os roteiristas mexeram muito na série após a greve, em razão principalmente da reclamação dos fãs. Confira o video:


Semana Heroes: Masi Oka

Vamos a primeira parte da Semana Heroes, onde Kristin do E!Online apresenta as entrevistas que fez com os atores de Heroes, na semana passada, em vídeo. Não sei se sou só eu, ou se mais alguém também tem dificuldades para ver os vídeos do E!Online. Além de demorar muito para carregar, ele pára a todo momento e você tem que esperar mais alguns minutos para a próxima parte do video passar. Vamos resumir o que Masi Oka, o Hiro, disse e logo abaixo segue o vídeo.

Masi falou sobre sua arqui-inimiga Daphne, quase o mesmo que falou em entrevista ao site LexGo. Kristin diz que Hiro também deve ser rápido, já que pode controlar o tempo. Hiro responde que há algo diferente na lógica de Heroes. Ou seja, Hiro já não será tão rápido quanto Daphne. Ao dizer que a vilã de Hiro era bonita, Kristin também sugeriu se poderia haver algo entre ela e Hiro. Masi diz que talvez. Ele disse também que terminaram de filmar o primeiro episódio e que haverá muitas respostas no começo, ao contrário do que foi na segunda temporada. Disse também que saberemos logo quem atirou em Nathan.




Fonte: E!Online

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Spoilers da Kristin: Sylar


Faz algum tempo que Kristin não fazia sua famosa coluna de perguntas e respostas com o público, e no dia 19 ela trouxe algumas informações de Heroes.

Yessie em New Orleans: Heroes! Me dê algo!

"Com prazer! Trarei a vocês vários videos de entrevistas com os seus prediletos (Masi, Milo, Zach, Adrian, Sendhil, etc.) nessa semana com o "Semana Heroes", então continuem a conferir [a coluna]. Enquanto isso, posso contar a vocês este spoiler importante: Sylar irá abrir a cabeça de uma pessoa que vocês podem considerar o personagem principal da série (the show's biggest star)! Isso acontece nos 2 primeiros episódios e também saberemos exatamente o que ele faz desde que "Sy-baby" se torna o líder dos nossos amigos heróicos, então vamos apenas dizer que há muita coisa interessante no começo da terceira temporada. Eles estão colocando mais pontos de plot e de respostas em movimento, pelo que eu ouvi."

A tradução do final ficou um pouco estranha, o que ela quis dizer é que haverão divesas histórias interessantes nesta temporada, que irão levantar novas questões, essas respondidas ao decorrer da série. Notem que Kristin não disse que Sylar mataria o tal personagem, nem que roubaria o poder dele, apenas que "abrirá" a cabeça dele, portanto atenção. E agora o que seria "Sy-baby"? Seria mesmo o Sylar, ou ela está se referindo a outro vilão? As respostas da Kristin geralmente carregam duplo sentido, mais uma forma de não contar exatamente o que vai acontecer, são pistas. O que tudo parece é isso mesmo, Sylar será o líder dos 12 vilões que farão jus ao título do Volume 3, Villains.

Fonte: Coluna da Kristin, E! Online.

As séries canceladas da temporada

Estamos 1 semana sem postar nada de novo, mas temos bastante coisa pra colocar em dia. Essa semana que passou houveram diversas entrevistas com o elenco de Heroes feitos pela colunista do E! Kristin dos Santos. Pois bem, estamos preparando as matérias com essas entrevistas trazendo o que há de novidade para Heroes. Enquanto isso deixamos aqui a lista com as séries canceladas da temporada 2007/2008, também informadas pela própria Kristin:

ABC
Big Shots (já foi tarde, série péssima)
Carpoolers
Cashmere Mafia
Cavemen
Just for Laughs
Men in Trees (outra sem graça)
Miss/Guided
Notes From the Underbelly (fofa, mas sem futuro mesmo)
October Road (o piloto é legal, mas o resto é muito chato)
Oprah's Big Give
Women's Murder Club
Jericho (os fãs lutaram mas não teve jeito)

CBS
Cane
Jericho
Kid Nation
Moonlight (muito fraca)
Power of 10
Secret Talents of the Stars
Shark
Viva Laughlin
Welcome to the Captain
Aliens in America


CW
Aliens in America
Beauty and the Geek
Crowned
CW Now
Girlfriends
Life Is Wild
Online Nation
Pussycat Dolls Present
New Amsterdam
(A CW deveria cancelar 90% dos seus programas, essa lista aí ainda é pouco)


Fox
Back to You
Canterbury's Law
K-Ville
Nashville
New Amsterdam
The Next Great American Band
The Return of Jezebel James (acho que nem foi ao ar)
Unhitched
Journeyman


NBC
1 vs. 100
Amne$ia
Bionic Woman (realmente não decolou)
Clash of the Choirs
Journeyman
Las Vegas
My Dad Is Better Than Your Dad (não sei o que é isso, mas pelo nome já me parece ridículo)
Phenomenon
Quarterlife
The Singing Bee


E como a própria colunista disse, é possível que alguma dessas séries "ressuscite" até o ínicio da temporada 2008/2009, mas isso é pouco provável.

Fonte: E! On-line

segunda-feira, 19 de maio de 2008

George Takei vai se casar

Essa nem eu sabia, George Takei, o pai de Hiro, vai se casar com seu companheiro de longa data Brad Altman, que é também seu empresário. A notícia chegou a mim via JustJared, mas a fonte é quente, o blog oficial do ator que você pode ler aqui.

Eu publico poucas vezes informações sobre a vida pessoal dos atores, até porque o objetivo maior do blog é sobre a série, e até por isso eu talvez nem tenha me informado que Takei é abertamente gay. O ator ficou muito contente com uma nova lei no estado da Califórnia que vai permitir que casais do mesmo sexo possam se unir legalmente. Ele e Brad Altman estão juntos ha 21 anos.

Felicidades ao casal! Tava mesmo na hora dos EUA começar a ser mais liberal, ainda mais num estado de tanta diversidade como a Califórnia.

Ali Larter numa pausa

O site fofoqueiro JustJared publicou algumas imagens de Ali Larter durante uma pausa nas gravações de Heroes. Já não dá mais pra esconder, Ali volta a série. Mas ainda não sabemos se Niki realmente morreu, vai que ela estava gravando alguma cena do passado...



Roteiro na mão, prato de comida farto e chinelinhos havaina, ela segue para o seu trailer.

Mais fotos na Galeria Heroes.

Villains: video promocional com bastidores e comentários

Vamos começar as novidades pelo novo video que a NBC lançou. Com duração de 30 segundos ele contém cenas de bastidores e alguns comentários dos atores.

Aviso de SPOILER

Ali Larter começa dizendo "Estamos de volta!" e também comenta que está "salivando" depois de ter lido o roteiro dos dois primeiros episódios. Tudo indica que ela está mesmo de volta (ninguém morre mais nesta série). Masi Oka, o Hiro, diz que seu personagem encontrou sua arqui-inimiga nesta temporada, ele está falando de Daphne. Greg Grunberg (Matt) também disse "lendo estes dois primeiros roteiros eu pensei, put...". Na verdade Greg soltou um "holly crap" que foi cortado pela edição.

A intenção clara do video é a de mostrar que a nova temporada será muito boa. Esse video vem diretamente do site da NBC, não sei quanto tempo ele ficará no ar, então aproveitem! Estou vendo também outra forma de capta-lo, para arquiva-lo em definitivo.


Uma nova semana , vamos nos atualizar

Esses ultimos dias foram bem movimentados no que diz respeito a novidades de Heroes. Faz um tempinho que não posto nada de novo, mas foi pela falta de tempo mesmo, e não de assunto. Eu vou postar o mais rápido possível tudo o que saiu de novo, como imagens de bastidores das gravações de "Villains" e até um novo video de divulgação que a NBC lançou. Parece mesmo que a emissora está se esforçando em manter a lembraça da série viva enquanto a nova temporada não chega. E não é pra pouco, já que esse é o maior intervalo que já vimos, devido a greve dos roteiristas. São exatos 9 meses, tempo para gerar até uma pessoa :)

Enfim, nossas expectativas aumentam ainda mais com tudo isso. E pra diminuir um pouco a ansiedade teremos web-episódios em julho. Algumas pessoas perguntaram se isso era uma antecipação da nova temporada. Não é. São episódios independentes, que provalmente nem terão relação com o que vai acontecer na série. Mas eu vou falar com mais detalhes sobre esses episódios também.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Bruce Boxleitner entra para o elenco de Heroes

Mais um ator confirmado, desta vez é Bruce Boxleitner, que fez o comandante John Sheridan em "Babylon 5". Tudo leva a crer que Boxleitner fará o senador Robert Malden, personagem originalmente inspirado no senador republicano John McCain, também candidato ao governo dos EUA.

Dizemos "leva a crer" pois o TV Guide, que noticiou a entrada do ator na série, disse que ele faria um político, e já que o senador Robert Malden não teve nenhum ator apontado para o papel, Bruce é o mais próximo disso. O senador foi descrito como um político honesto linha dura. Isso demonstraria uma tendência republicana por parte dos criadores da série?

Bruce Boxleitner já trabalhou com Tim Kring antes, fazendo uma participação na extinta série "Crossing Jordan". A notícia de sua entrada na série tem agradado aos fãs de Babylon, mas preocupa os fãs de Heroes. Nada contra o ator, mas as notícias de novos personagens na série parecem contradizer com o que os produtores afirmaram antes. Mas ainda segundo a nota do TV Guide, estes novos personagens não terão mais importância do que os personagens que estão desde o começo da série. Ficamos mais aliviados.


Bruce Boxleitner já foi comandante da Babylon 5.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Video promo de "Villains"

Foi lançado o primeiro video promocional de Heroes na internet. Já houve um anterior exibido apenas no festival Julies Vern que foi captado em duas partes, para ver clique aqui. Este novo video é apenas um teaser que tráz poucas novidades, mas vale a pena ser visto:



Dica do João Pedro.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Joy vira Daphne e ganha um rosto

Nesses últimos dias nos focamos mais no Raio-X de Heroes e deixamos os spoilers um pouco de lado. Aliás, sempre há informações chegando, mas quase sempre trazem pouca novidade. Agora temos algo mais concreto. A informação veio pelo site LexGo, que numa matéria com a atriz Brea Grant e Masi Oka, o Hiro. Brea fará a personagem Daphne, antes chamada de Joy pelos Spoilers que chegaram até então. A moça terá super-velocidade e promete atormentar a vida de Hiro na próxima temporada:

"Estarei roubando um segredo que esteve mantido pela família de Hiro por um longo tempo e que ele acaba de descobrir." Disse Brea Grant durante uma pausa das gravações da série no centro de Los Angeles, para a The Associated Press. "Ele pára o tempo logo que eu pego isso, mas naquele segundo que ele leva para pegar de volta, eu quase saio do escritório."

Ainda segundo a publicação, Grant não sabe muito sobre sua personagem, apenas que ela corre em 3 diferentes níveis de velocidade e que deixa uma onda supersônica no caminho quando Hiro pára o tempo. Ela também não sabe dizer de onde a garota veio, mas sabe que ela tem vivido sozinha por um bom tempo.

Para Masi Oka, Daphne é uma espécie de Coringa para Hiro. "Batman tem o Coringa. Hiro tem Daphne. Esta é a temporada onde Hiro finalmente encontra sua arqui-inimiga, e no caso é a 'ligeirinha'. Na verdade estaria mais para o Coyote e o Papa-Léguas, com a diferença de que Daphne diz mais do que 'bip-bip'."

Brea disse que chorou ao saber que foi escalada para série, já que era fã do programa desde 2006. Uma das coisas que achou estranha e engraçada, foi uma sessão de fotos detalhadas sobre seu corpo. "Tive que ir a esse lugar e ficar de pé numa plataforma, vestindo apenas minhas roupas íntimas. Eles giraram e tiraram fotos de mim. Achei que foi uma experiência estranha. Imagino que essas fotos irão parar na internet a qualquer momento."

Esperamos que a produção de Heroes seja bem cuidadosa com seu material, outros atores devem ter passado pelo mesmo procedimento mas nada vazou. Brea pode ficas tranquila.

Quem será mais rápido agora?

domingo, 11 de maio de 2008

Todas as legendas

Adicionamos mais legendas na nossa sessão de downloads. Agora você pode encontrar mais opções para legendas da segunda temporada, separadas por episódios. Clique aqui e saiba como acessar nossos downloads.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Resgatando nossos videos: Matéria na Record

Como falamos a algum tempo atrás, o Youtube tirou quase todos os nossos videos do ar e acabou por fechar a nossa conta. Pois é, parece que a NBC não gostou de ver videos de Heroes no site. Estamos resgatando alguns que esparamos não ser cortados, e ao mesmo tempo providenciando um outro lugar para postar os trailers de episódios. O primeiro que trazemos de volta é a matéria feita pelo programa Domingo Espetacular da tv Record, em setembro de 2007. Na época Heroes iria estreiar no canal e fizeram uma matéria com a gente. Confiram!


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Um Raio-X de Heroes, Parte 2




Continuando com nossa análise sobre Heroes, vamos agora falar da segunda temporada, ou do Volume 2 “Generations”.

Ao final do Volume 1, algo um tanto diferente aconteceu. Ao fechar o primeiro volume de histórias da série, somos apresentados ao início da segunda saga, que inicia com Hiro logo após ter sido lançado por Sylar. Para evitar o impacto do seu corpo contra uma parede, Hiro se tele-transporta para outro lugar. Ironicamente ele vai parar no Japão feudal do século XVII, época em que viveu seu herói de infância Takezo Kensei.



Esse pequeno começo de temporada, ou de volume, funcionou como um “gancho” para prender a atenção da audiência até a próxima temporada. É uma estratégia muito comum nas séries americanas, onde o interesse de manter altas audiências é muito grande. Disso depende a sobrevivência das séries. Hiro foi apenas uma amostra do que estava por vir, e não era o único mistério pendente. O que aconteceu com Nathan e Peter após a explosão? Matt e DL sobreviveriam a seus ferimentos? E quanto aos outros heroes?

Em setembro de 2007, após 4 meses passados desde o final da primeira temporada, o episódio “Four Months Later” (quatro meses depois), começa como se o tempo na série tivesse passado na mesma proporção que o nosso tempo cronológico. Um recurso bem interessante que nos dá uma sensação mais realista do tempo passado entre os eventos pós-bomba e o momento atual. É exatamente esse período não apresentado que irá gerar os grandes mistérios da temporada. O que também nos mostra que boa parte do que ocorreu nesse volume já foi planejado com precisão. E mais uma vez nem tudo ocorreu como se havia previsto.




Uma temporada e três histórias

Tim Kring anunciou que a segunda temporada seria dividida em 3 Volumes, e não apenas 1 como foi a anterior. Com os problemas que tiveram no passado e sabendo melhor agora o que viria pela frente, ele decidiu fazer arcos menores (que teriam menos episódios) o que ajudaria na hora de finalizar a história e amarrar todas as pontas do roteiro. Outro motivo para essa redução nos arcos, foi a facilitação de entrada de novos telespectadores. O objetivo era simplificar a série para que novos fãs não se sentissem perdidos no meio da história. Isso tudo foi pensando em vista do que aconteceu na temporada anterior, com sucessivas perdas na audiência. O mesmo ocorreu com outras séries como Lost, onde é praticamente impossível entender o que se acontece no meio de uma temporada sem ter assistido nada antes. Já a séries policiais e investigativas (como CSI, Bones e Without a Trace, por exemplo) se beneficiam por ter episódios independentes, que apesar de ter como pano de fundo uma história corrente, com continuidade, tem em cada episódio um caso diferente a ser solucionado, sendo facilmente acompanhado por quem nunca viu a série antes.

O primeiro Volume dessa nova temporada, seria o segundo da saga. Com o nome “Generations” ele pretendia explicar o passado de alguns heróis e vilões, e principalmente, explorar a fundação da Companhia. Logo após esse Volume, haveria um outro Volume, mais curto, com 6 episódios e por ultimo “Villains” que teria por volta de 7 episódios. Com a greve dos roteiristas eminente os planos foram mudados. Pra começar “Generations” teve um episódio a mais, esticando a história que teria 10 episódios. Sua seqüência se daria no Volume seguinte, chamado “Exodus”, que chegou a ser mencionado por um dos atores da série. E a saga dos vilões seria a ultima da temporada. Mas tudo mudou.



Quatro meses depois

O começo de temporada foi morno. Poucas respostas e mais mistérios. Encontramos Claire tentando se adaptar a uma nova escola, numa nova cidade. Aliás a família toda se mudou para despistar a Companhia, Bennet está trabalhando numa empresa de papéis (e agora para valer) enquanto secretamente tentava desmantelar a Companhia com a ajuda de Matt e Mohinder. Peter estava preso num contêiner estacionado num porto irlandês. E um dos maiores mistérios da temporada foi exatamente o motivo de Peter estar nessa situação. Nathan andava pela cidade como mendigo de rua, barba comprida, roupas esfarrapadas. Sua mãe ainda tentava controla-lo de alguma forma. Niki praticamente não aparece no começo, deixando Micah com a tia e a prima de DL. E Sylar vivo, no meio de um grande floresta. Em meio a isso tudo, novos personagens foram sendo apresentados, um dos fundadores da Companhia, chamado Bob, a prima de Micah, que tem o poder de copiar as ações de outras pessoas (além da tia dela e de outro primo), um grupo de líderes de torcida na escola de Claire e um futuro namorado. E paralelo a tudo isso, Hiro no passado conhecia Takezo Kensei (que era um inglês branco), a princesa japonesa Yaeko e o pai dela. Parece que a tentativa de trazer menos personagens não deu muito certo.




O perseguidor oculto

O principal mistério dessa saga talvez seja sobre o assassino dos fundadores da Companhia. Quem ele era e por que ele estava matando aquelas pessoas? A primeira vítima foi o pai de Hiro, e logo vieram outras. Todas estavam numa foto que mais tarde soubemos se tratar de fundadores da Companhia. E o assassino? Takezo Kensei, ou Adam Moroe, o mesmo que conhece Hiro ha mais de 400 anos. Para entender esse e outros eventos do Volume, colocar os fatos na ordem cronológica ajuda bastante.

Quando Hiro foi ao passado e conheceu Takezo, ficou surpreso ao descobrir que seu herói nem era japonês. Mas sua maior surpresa foi descobrir que o cara era um bêbado e covarde, que só lutava por dinheiro. Graças a Hiro Takezo descobre seu poder de regeneração e passa a enfrentar as lutas que Kensei teve, segundo constava em sua história. Hiro então decide ficar ao lado de Takezo e ajuda-lo a se tornar um herói, pois tinha medo que sua viagem ao passado poderia mudar drasticamente a história do Japão. Apesar de colocar Takezo no caminho certo, Hiro acaba se apaixonando pela princesa japonesa que deveria ficar com Takezo. Quando o samurai descobre a traição promete que irá destruir tudo o que Hiro ama.



Hiro volta ao tempo presente e descobre o que Takezo fez. Agora com o nome de Adam Moroe, ele que chegou a fazer parte da Companhia, quis espalhar um vírus pelo mundo a fim de acabar com a raça humana e assim “salvar o mundo”. Bob prende Adam, que fica 30 anos em posse da Companhia. É nesse momento que entra Peter.



Logo após a explosão Peter se recupera e consegue pegar Nathan antes que ele caia no chão. Peter o leva a um hospital e é abordado por Bob e sua filha Elle. Peter é levado a Companhia onde é convencido que seus poderes só podem fazer mal a ele e a quem ele ama. Depois do estrago que causou no irmão, Peter concorda em fazer o tratamento e passa a ficar preso numa cela ao lado de Adam, recebendo medicamentos que inibiriam seu poder. Ao perceber em Peter uma chance de fuga, Adam o convence a ajuda-lo num plano para salvar o mundo. Destruir um vírus que mataria toda a humanidade. Peter concordou e depois de algum tempo sem tomar seu medicamento libertou Adam e os dois fugiram, mas com um plano já traçado. Adam consegue fugir, mas Peter não. O Haitiano consegue prende-lo e para a proteção de Peter tira a memória do moço e o deixa preso num contêiner que embarcaria para a Irlanda. E esse é o mistério de Peter.





Destrua o vírus, salve o mundo!

A ameaça de um vírus mortal é o novo motivo para salvar o mundo. E isso começa a soar repetitivo para o público. Encontrar o assassino de heróis parecia mais interessante. Mas tudo acabou apontando para o mesmo alvo: Adam/Takezo. E Peter ficou no meio do caminho, não sabendo em quem ou no que acreditar. A ameaça do vírus se torna mais real quando Peter viaja a um futuro não muito distante e descobre que vírus já matou quase toda a população do mundo. Mas o que Peter não sabia é que foi ele próprio quem liberou o vírus. Solução? Vamos evitar os males do futuro e ao mesmo tempo salvar o mundo. Agora soou mais repetitivo ainda.



As tramas paralelas

A espinha dorsal do Volume 2 era uma reprise do Volume 1. Pra completar os erros desse volume, alguns personagens escalados acabaram não ganhando a simpatia do público. Um exemplo claro são os irmãos de Honduras. Um verdadeiro dramalhão ao melhor estilo mexicano. E que poder era aquele afinal? O que também não funcionou foi o enredo de Claire na sua nova escola. Os produtores lamentaram pela trama adolescente que tentaram introduzir. West e as líderes de torcida não convenceram. A cena em que West leva Claire a um passeio por Holywood talvez tenha sido um dos melhores momentos do casal. Na verdade o que parece ter faltado aqui foi uma boa história.



Quem também precisou de uma boa história foi a prima de Micah. A personagem Mônica agradou a boa parte dos fãs, mas seu personagem foi pouco explorado. Mais uma vítima do tumulto de personagens. E Mohinder pareceu perdido. No começo da temporada ele parecia seguro e com um objetivo focado. Com o passar dos episódios ele começou perder seu caminho e assim como Peter, ficou mudando de lados o tempo todo.

Outro lado chato da série foram os irlandeses que pegaram Peter. Mais uma vez arranjaram uma pretendente sem química para Milo Ventimiglia, assim como foi com a Simone na primeira temporada. O romance não convenceu e Caitlin acabou presa no futuro devastado pelo vírus. E já que o vírus foi destruído, onde ela foi parar? Seu irmão morre nas mãos de Elle, era um dos mais interessantes do grupo.


Quem também saiu da série foi DL. A principio pensamos que ele morreu no final da temporada passada. Mas na verdade Niki foi a responsável indireta pela sua morte. Quando finalmente DL consegue retomar a sua vida normal, e até mesmo se tornar um herói de verdade salvando vidas como bombeiro, ele é arrancado da série. Se isso foi bom ou ruim, ainda não sabemos. Se até Niki está ficando de fora da série, DL não duraria muito também.


Por outro lado, tivemos novos personagens que agradaram e tiveram uma participação digna de apreciação. Elle foi uma delas, que chegou no meio da temporada com uma boa história e uma boa interpretação de Kristen Bell, a eterna Veronica Mars. Os fãs pedem seu retorno, mas nada ainda foi confirmado.Quem também esteve bem e pode voltar é a garotinha Molly. Com seu poder de encontrar heróis ela teve grande importância na temporada, inclusive interagindo com Matt e Mohinder.


Matt também teve uma trama interessante. Seu pai que era tido por Molly como “um vilão pior que Sylar”, parecia inofensivo. Ele joga o próprio filho numa ilusão criada por ele, para matar ou ser morto por Nathan. Apesar de Sylar ter matado a mãe (sem intenção) não creio que ele seria mal a esse ponto. E isso significa muita coisa para o futuro do vilão.

Quem cresceu e apareceu também foi Angela Petrelli. A mãe de Peter e Nathan demostra ter um passado mais oculto e misterioso do que os Outros de Lost. A mulher fez jogo duro e deixou pouca coisa passar. Os produtores já avisaram que ela será um dos grandes vilões da próxima temporada. Pode apostar que Angela ainda tem muita coisa pra contar.




Sylar também agradou aos fãs, mas é claro, todos reclamaram que a participação dele foi menor do que esperavam. O que deve ter estragado a volta de Sylar foi seu encontro com os irmãos hondurenses. Mas nada que afete a popularidade do vilão mais amado da TV. Bennet também agradou e assim como Sylar está no grupo dos personagens mais populares. Até a esposa dele ganhou mais espaço nessa temporada. Infelizmente para Claire, envolvida nos dramas adolescentes que não agradaram, essa não foi uma das melhores temporadas. Esperamos que tragam uma trama melhor para ela no futuro.




Mais um final incompleto


Pouca ação e muita falação. Quando Hiro finalmente fica frente a frente com Adam chega Peter pra acabar com a festa. Será que os produtores se esquecem das reclamações da primeira temporada? Jamais teremos duelos entre os antagonistas? Um Peter sem-noção segue em direção ao vírus passando por cima de tudo e de todos. Quase luta com o próprio irmão, que mais uma vez salvou o dia. Mas quem realmente impediu que o vírus caísse em mãos erradas foi o Hiro. Ele ainda não tem coragem de matar ninguém, mas enterrou Adam vivo (o que pessoalmente acho bem pior). Peter consegue pegar o frasco a tempo e destruir o vírus. Tudo fica bem.


Para não dizer que o final foi tão morno assim, a equipe de produção se esforçou em criar cenas de impacto, e a destruição do vírus foi apenas uma parte do final. Mas sendo a trama principal da série, se espera um pouco mais. Talvez o desfecho do vírus tenha sido a melhor coisa desse final. As ressurreições foram exageradas. É tipo de recurso que se deve tomar cuidado ao usar, pois pode se tornar banal. Parece que toda morte que acontece na série poderia ser evitada ou revertida. O que contradiz com o que ficou bem claro na primeira temporada quando Hiro volta ao passado para salvar Charlie. Isso não é possível. E novamente Hiro tenta salvar alguém da morte, dessa vez de seu pai. Mas o próprio pai do Hiro diz para o filho não fazer isso, quando ele o procura num passado um pouco mais distante.



Quando Nathan é salvo pelo sangue de Adam, é até possível acreditar nisso. Na segunda vez, com o pai de Claire, que estava realmente morto, foi uma grande surpresa. Eu realmente pensei que iriam tirar o personagem de vez da série. Mas no momento em que Maya foi salva o elemento surpresa já não existia mais. E depois de ver Nathan sendo baleado e Niki explodir em mil pedaços, não dá mesmo pra saber se eles morreram ou não. Sempre haverá o sangue de Claire ou Adam para salva-los. E Peter, será que o sangue dele também não teria o mesmo efeito, já que ele tem o mesmo poder?



Como aconteceu antes, com o fim de uma saga, logo outra começa. É anunciado “Villains” apresentada por Sylar e o seu “I’m back”, em referência a volta dos seus poderes. Parece que teremos uma boa saga pela frente.




E Heroes Origins?

Uma das promessas para esse ano era a estréia de “Heroes: Origins” uma séria derivada de Heroes que iria ocupar os espaços deixados entre os volumes e assim não deixar a audiência cair. Seria uma série paralela aos acontecimentos de Heroes, mas situada no mesmo universo. Apresentaria a cada episódio um novo personagem com poderes, que teria o voto do público para uma possível entrada ou não na série principal. Os episódios seriam independentes, e cada um dirigido por um diretor diferente. Nomes importantes foram mencionados. Mas tudo ficou no papel.



O projeto chegou a ser anunciado pelos produtores na convenção Comic Con, em San Diego, Califórnia. Até Kevin Smith apareceu na convenção para falar, entre outras coisas, de sua participação no spin-off de Heroes, como um dos diretores. Quando o Volume 2 foi ao ar “Heroes: Origins” parecia certo, mas com o passar do tempo já não se falava mais da série. Recentemente Ben Silverman, um dos executivos do canal NBC, disse que “Origins” foi engavetada. Para Silverman, a série atrapalharia os planos da nova temporada de Heroes, ainda mais abalados com a greve. Mas o problema parece ser mais embaixo. O Volume 2 não fez o sucesso que se esperava. A produção estava muito empolgada, com mil projetos engatilhados e nem se deu conta que seu produto principal não ia muito bem. Com a queda na audiência a NBC mandou parar tudo. “Vamos nos focar no que é importante agora”. Certo? Esperamos que sim.



Minha opinião e comentários

Obviamente essa análise tem muito do meu ponto de vista da série, mas é claro que não deixei de mencionar a todo momento o que se tem dito sobre ela, seja pelos criadores, críticos e público. Toda a análise foi baseada, em primeiro lugar, em todos episódios devidamente assistidos e “re-assistidos”. Foi baseada também no que publiquei neste blog nesses quase 2 anos. Ou seja, é muita informação, mas que sempre vem de fontes confiáveis (como TV Guide, com Michael Ausiello, E! Online com Kristins dos Santos, entre outros) e ainda alguma informação da própria imprensa brasileira.

Sobre o “Volume 2” em geral eu daria uma nota 7. Se eu fosse comparar com a temporada passada e ainda considerar o grande potencial da série, daria nota 5. O que aconteceu é que nossas expectativas estavam lá em cima. Essa temporada teve muita coisa boa, mas teve algumas bolas foras que não dá pra engolir. Primeiro foi a sobrevivência de Nathan à explosão. Se ela tinha potência pra destruir metade da cidade, como ele saiu vivo, apenas com a pele queimada? A imagem da explosão é clara, Peter explode nos braços de Nathan, não teria como ele ter sobrevivido. E nenhuma explicação sobre isso foi dada.



Outro grande problema foram as ressurreições. Dá a impressão de que ninguém mais vai morrer. Tanto que isso gerou uma grande dúvida no público sobre as possíveis mortes de Niki e Nathan. Aliás, já é a segunda vez que Nathan fica entre a vida e a morte de uma temporada para outra. Pessoal, equipe, vamos renovar?

Queria responder também aos comentários, quem quiser ler os comentários na integra é só clicar em “comentários” na primeira parte do Raio-X, aqui.


Ao João Pedro,

Obrigada pelo comentário! Sobre o excesso de personagens João, eu acho que o problema maior não é ter muitos personagens, mas é lidar bem com todos eles. É difícil não deixar alguém mais esquecido, ou não dar a devida atenção a certos personagens que realmente merecem. Nessa temporada por exemplo, deram um bom enfoque ao Micah, fazendo o personagem crescer tentando lidar com o seu poder, o da mãe e até o da prima. Mas sem deixar de ser uma criança, é claro.
Também espero ansiosamente pelo Volume 3, ele promete!


Ao Raphael,

Obrigada pelo comentário Raphael! Como eu comentei nessa segunda parte as mortes não estão tendo a atenção que deveriam. E como você bem apontou, as “mortes” de Peter e Claire nunca foram bem explicadas, já que a Claire se quebrou várias vezes e apenas morreu, clinicamente falando, quando um galho entrou na cabeça dela. Algo semelhante aconteceu com Peter, quando Sylar jogou cacos de vidro nele e um pegou na nuca. Se o tiro que Claire daria seria fatal, porque das outras vezes não foram? Acho que esse é apenas mais um erro da série que devemos questionar, mas deixar de lado, se quisermos aproveitar o que há de bom nela.


À Bel,

Também acho que Heroes é uma das melhores séries que existe. Não posso dizer que é a melhor, porque isso é algo muito difícil de avaliar. Há muitas séries boas na TV. Não digo que a segunda temporada foi um fiasco total. Ela não foi muito bem na audiência, e não agradou aos fãs mais exigentes. Ela teve coisas boas sim, mas espero que a melhor delas ainda esteja por vir. Espero que os erros cometidos nela sirvam para elaborar temporadas cada vez melhores no futuro.
Obrigada pelo comentário, teremos mais artigos e análises sempre que possível.


Nossa análise “Um Raio-X de Heroes” acaba por aqui. Nosso próximo artigo pretendo avaliar o futuro da série, e ainda trazer nossas apostas sobre o volume 3 “Villains”.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Um Raio-X de Heroes, Parte 1


Depois de 5 meses do final da segunda temporada e do Volume 2, fizemos uma análise do que houve com Heroes até o momento. Não olhamos apenas para a história do programa, mas sim por tudo o que ocorreu dentro e fora dele. Nosso foco principal é questionar os rumos que a série tomou e o que podemos esperar do futuro de Heroes.

Por Amanda Pina

Por volta de maio de 2006 os primeiro rumores sobre a nova série da NBC começaram. Heroes, contaria a história de um grupo de pessoas comuns que descobrem possuir poderes. Muitos acharam estranho uma série com esse perfil no canal. Era diferente de tudo o que eles haviam feito antes. A NBC geralmente mais voltada ao drama e a comédia, parecia apostar numa série de ficção científica com jeito de HQ. E foi realmente como aconteceu. As grandes expectativas geradas em torno da série foram correspondidas, mesmo sempre sendo comparada a trama de X-Men. Mas nem tudo ocorreu como eles queriam.


1ª Temporada


Um sonho que se torna realidade

A série começa de certa forma tímida. As primeiras cenas são de Peter ao alto de um prédio, com os braços abertos, dando a impressão de que vai se jogar. É um sonho, que mais tarde acaba se tornando real. São várias as referências e mensagens subentendidas que permeiam a série, principalmente neste começo onde tudo foi planejado minuciosamente. Peter descobre parte de seu poder, que mais tarde acaba se revelando ser mais complicado do que parecia. Outros personagens foram descobrindo seus poderes e junto com eles, todos os encargos que eles traziam. Isso foi projetado principalmente em Niki, a mãe solteira (que mais tarde se mostra não ser solteira) que tira a roupa na internet pra sustentar o filho. Niki não entendia o que acontecia com ela mesma, nem nós que assistíamos a série. Mas tudo teve seu momento de explicação. O ponto alto da temporada começa com a revelação de Hiro do futuro para Peter sobre uma líder de torcida. A frase se tornou jargão da série “Salve a líder de torcida, salve o mundo”. Peter salvou a líder de torcida, só faltou salvar o mundo. E o que seria isso exatamente?



Hora de salvar o mundo

Em meio a todos esses heróis havia alguns vilões. O primeiro deles, Sylar, se tornou tão querido pelos fãs da série que acabou permanecendo vivo até a segunda temporada. Matar Sylar parecia ser parte do “salvar o mundo” mas não foi bem isso o que ocorreu. Um vilão ainda mais perigoso, mas menos óbvio foi finalmente revelado: Linderman. Mencionado como um poderoso mafioso, dono um cassino em Las Vegas, Linderman demonstrou ser um homem carismático que tinha um poder que não condizia com sua fama. O poder da cura. A essa altura da série começamos a perceber as alterações que a equipe de produção fez na história. Vamos tratar disso mais tarde. Linderman também tinha um plano para salvar o mundo. Mas seu plano era exatamente o oposto do que os "mocinhos" queriam. Linderman queria governar o mundo e assim trazer a sua "paz". Para isso Nathan deveria ser eleito senador de Nova York e alguém deveria explodir, literalmente.



O homem atômico

A ameaça do momento passou a ser o homem atômico, Ted Sprague. Isaac, o pintor que registrava o futuro em suas telas, faz a previsão sobre uma explosão causada por um homem atômico. Com isso muitas incertezas e especulações foram trazidas. Peter teve a visão de que ele seria o homem bomba, mas também havia Ted. A explosão ocorreria em Nova York, e não seria suficiente para acabar com a cidade, e muito menos com o mundo. Então como o mundo seria salvo?



A Companhia

Um dos elementos de maiores mistérios na série com certeza é a Companhia. O mistério já começa na sua definição. O que é a Companhia? Aparentemente um organização secreta que persegue e testa os seres especiais. Mais tarde novas revelações sobre essa ordem são feitas, mas até o momento não sabemos tudo sobre ela. Aqui na primeira temporada ela é representada principalmente por Noah Bennet (também conhecido como H.R.G.) o pai adotivo de Claire. A relação de Bennet com a misteriosa cia se mostrou ser muito interessante para o público e só fez a série ganhar com isso. E pelo andar da carruagem ela ainda será muito importante na série por um bom tempo.



A resposta no futuro

Hiro, que foi um dos personagens mais carismáticos da série, teve um papel importante com suas viagens ao futuro. Na sua jornada para se tornar um verdadeiro herói ele acabou cometendo diversos erros, que foram grandes responsáveis pela parte cômica da série, junto com seu amigo Ando. Na sua primeira viagem ao futuro entendemos a real dimensão do “salvar o mundo”. As conseqüências da explosão foram mais devastadoras do que se imaginava. Uma nova ordem se estabelecia no mundo, onde Sylar, na pele de Nathan, era o governador dos EUA. Salvar o mundo não era apenas impedir uma grande catástrofe. Salvar o mundo era impedir que um caos mundial, movido pelo medo, se instaurasse.



Muitos heróis, pouco tempo

Cada personagem teve um papel importante na série com seu poder. Já dizia Linderman “todos teremos papéis para cumprir nos eventos que virão”. Esse é um dos conceitos seguidos pelos criadores de Heroes. Todos são importantes na história. E numa série com tantos personagens importantes, fica complicado trabalhar a importância de todos eles por tanto tempo. Talvez esse seja o motivo de tantas mortes. Como a de Isaac. Mas ele morre com a consciência tranqüila, pois fez sua parte para salvar o mundo. Ele mostra a Hiro como matar Sylar. Hiro até que tentou, mas Sylar não morreu. Se isso era parte do que foi inicialmente planejado nós não sabemos, mas Hiro ao menos impediu que Sylar acabasse com Peter e que pudesse tomar o lugar de Nathan. Isso não bem explicitado na série, a impressão que se tem é que Isaac morreu inutilmente. Mas não foi bem assim.



Como terminar uma história assim?

Ao final da primeira temporada, a equipe de criação já estava sentido as dificuldades em lidar com tantos personagens principais numa série só. Todos eles, vindo de diversas partes, acabaram se voltando para esse único objetivo de salvar o mundo. E ao final de tudo a sensação era de que “a espera era melhor que a festa”. Após a exibição do episódio final da temporada “How to Stop an Exploding Man” os fãs começaram a reclamar. Como todas aquelas grandes expectativas geradas não foram cumpridas? A cena final, o embate entre Sylar e Peter, só precisava de cenas de ação com uma luta básica entre os dois, que tivesse uma duração considerável. Foi tudo muito rápido e simples. Hiro aparece logo para fazer sua parte e ser jogado literalmente para o passado. Sylar desaparece e agora o perigo é a eminente explosão de Peter. Foi tudo resolvido com a ação de Nathan, ao carregar o irmão para o alto e assim a explosão não afetaria a cidade. É uma cena muito boa e com grande significado. O grande problema é que ao criar essa cena não foi levado em consideração todas as possibilidades que Peter teria para impedir aquilo. O criador e produtor da série Tim Kring disse que Nathan teria que salvar o dia, e o resto não importava. Peter poderia voar sozinho para levar a explosão para longe? Isso nem se quer foi pensado por eles. Poderia haver uma explicação lógica e aceitável para isso. Peter poderia ter perdido o controle de seus poderes e restando assim apenas a Nathan a solução do impasse. E ainda havia um grande grupo de personagens em volta que mal puderam fazer alguma coisa nesse desfecho. Grandes oportunidades de cenas boas foram jogadas fora.


O próprio criador e produtor da série Tim Kring disse da dificuldade em lidar com tantos personagens e ainda atender a expectativa dos fãs. Era um erro a ser consertado no futuro. Com um final razoável e explicações que não convenceram, a série perdeu uma boa parte de seus fãs. Isso foi sentido quando a segunda temporada começou e os índices de audiências eram menores do que os esperados, menores do que a série teve em sua estréia.
Tim Kring e equipe acertaram em alguns pontos, mas cometeram novos erros em insistirem em idéias usadas e re-usadas. A segunda temporada usou e abusou das ressurreições, e repetiu a fórmula do “vamos salvar o mundo” e “vamos impedir o males do futuro”.
Confira tudo isso na segunda parte do nosso artigo “Um raio-x de Heroes”.



A minha opinião

Há pessoas que dizem que Heroes é uma série que teve seus dias de glória e agora está em decadência. Será mesmo? Esta primeira temporada mostrou todo o potencial de acertos e também como erros pode acontecer. A impressão que tenho desta temporada é que foi tudo “demais”. Ou seja, muitos personagens, muitas tramas e muitos mistérios em tão pouco tempo. Não quero dizer que a série teve um ritmo muito acelerado, mas muitas “stories lines” (ou arcos) foram sendo criadas no meio do caminho sem que outras fossem concluídas. Algumas foram deixadas em aberto propositalmente para a próxima temporada, mas as que foram fechadas não foram feitas de forma satisfatória. Por isso o final não agradou. Há personagens que poderiam ter sido bem mais aproveitados, como a Charlie. Quando não se há mais o que fazer, ou quando se buscava uma reação do público, ou até mesmo uma virada na história se recorreu a morte de personagens. Eu achei a personagem muito interessante, mas ela foi realmente criada para ser morta. Não havia saída.
Outra coisa que poderia ter sido melhor preservada foi o passado dos personagens. Isso ajuda a manter o mistério sobre eles e ainda ter argumento para episódios e arcos futuros.

Continuando a falar dos erros não há como mencionar o episódio final. Ele foi muito fraco, faltou ação, emoção e empolgação. Se esperava mais de um embate entre Sylar e Peter. E se a intenção era poupar isso para outra temporada, poderiam usar melhor outros personagens para dar mais ação. Não houve quase cenas de “tirar o fôlego”.

Mas houveram também muitos acertos. A abordagem que a série deu ao assunto e os diálogos foram excelentes. Temos que dar crédito também ao elenco de atores contratados. Todos foram convincentes e estavam extremamente comprometidos com seus personagens. O entrosamento que tiveram fora do ar também foi notado. O que aliás rendeu em parcerias fora da série.

Diante disso tudo é possível afirmar que Heroes tem fôlego sim para seguir bem adiante. Mas vamos detalhar isso melhor com a segunda parte da matéria, discutindo o que houve no Volume 2.


Clique aqui e leia a segunda parte da matéria.





Personagens variados numa trama única


Um dos fatores que também torna Heroes uma série diferente e completa, é a presença de pessoas das mais variadas idades, etnias e culturas. Se por um lado há um geek japonês entediado com seu trabalho, por outro temos uma jovem líder de torcida que se importa com as pessoas a sua volta. Nem todos tem poderes, como é o caso de Mohinder, um indiano que procura saber o que houve com seu pai, um cientista que investiga os "seres especiais". Se Hiro ajuda a atrair os nerds, Claire traz dramas que chamam a atenção dos adolescentes. No quesito drama temos Niki, e para a ação, sim, temos Niki também. Para os amantes da política, Nathan está lá. Se o seu negócio são os vilões, ninguém melhor do que Sylar para te animar. E para quem gosta de séries policiais, pode contar com Matt. Toda essa variedade não foi colocada à toa. A série foi projetada para atrair o maior público possível, pois disso também depende a sua sobrevivência na tão concorrida TV americana.

Essa variedade também ajudou no sucesso mundial da série. Em qualquer lugar do mundo há pessoas que se identificam com algum personagem. Cada um tem um drama único, que ao mesmo tempo é relacionado com outros personagens. Essa interação trouxe muita dinâmica e até algumas surpresas para a história. Alguns deles tinham mais do o que o poder em comum.