Review 4x01 - Orientation

Estamos de volta a mais uma nova temporada de Heroes. O episódio de estréia foi satisfatório em sua evolução, pena não ter atraído tanta audiência quanto merecia. A queda foi inclusive comentada no mundo todo, mas principalmente nos EUA, responsáveis por esses números, onde vemos o motivo pelo qual a série vem decaindo. O fã americano já se cansou, muitos continuam a assistir para ver até onde isso vai, já que acompanham desde o primeiro episódio e não se conformam com o declínio que série teve em suas histórias. Eu já li algumas colunas comentando que esta pode ser a ultima temporada da série se as coisas continuarem assim. Ainda acho cedo pra saber se isso vai acontecer. E ainda é cedo pra saber que rumos a série vai tomar nessa temporada. Mas uma coisa é certa, ela será decisiva para o futuro de Heroes.



Um novo início para Claire

A chegada de Claire a faculdade, assim como outros eventos desse episódio, lembra muito o que houve na primeira temporada. A intenção de se voltar ao que a série teve de melhor fica muito clara em cada personagem. Claire volta a querer a ter uma vida normal, mas acaba se envolvendo na investigação da morte de sua colega de quarto chata. Revela seu poder sem querer para outra aluna que acaba de conhecer, e isso ainda vai render muito nos próximos episódios.


Ando e Hiro e a volta do bom humor

Pouco antes do final de Fugitives conseguiram resgatar o humor divertido de Hiro e Ando, perdido a muito tempo quando Hiro foi até Japão Feudal. Ainda tentaram voltar a esse humor com a chegada de Daphne, mais aquilo lá não teve graça nenhuma, foi muito bobinho.

O “disk herói” só poderia ter vindo da cabeça daqueles dois mesmo, foi muito divertido ver que o primeiro trabalho de herói deles foi salvar um gatinho preso. Só faltou ser no alto de uma arvore para ficar mais cômico. Infelizmente o humor foi interrompido com a doença de Hiro e sua ida até o passado (que também foi engraçada de certa forma) e ainda acho que esse negócio dele ter mexido com Ando e sua irmã pode ter mudado mais coisas do que ele pensa. Por falar em viagens, será que Samuel não sabe que Hiro está nas ultimas? Ou será que isso foi colocado propositalmente para Hiro dar ouvidos a ele?


Samuel e o Carnival

Sem dúvida os personagens do Carnival são bem interessantes, principalmente Samuel. A vingança que ele está fazendo só pode ser contra Danko e seus agentes, pois o próprio estava com aquela bússola que deve girar na mão de qualquer um que tiver poderes. Um bom detector de heroes.

Apesar de ainda não sabermos nada do tal Joseph, acredito que ele era algum personagem envolvido na caçada de Nathan e que morreu logo depois dela terminar, por isso a cena que abre o episódio é a de seu enterro.

Edgar também deve render algo de bom na história, apesar de ter matado algumas pessoas ele já deixou claro que não gosta de fazer isso. Pode até se dar muito bem com Peter mais pra frente, vai saber.


Matt e a assombração de Sylar

É ainda algo meio estranho de aceitar essa parte de Sylar bagunçando com a mente de Matt. E apesar dele ter voltado com sua esposa, ter um filho e ser um policial novamente, a história dele está muito parecida com a da primeira temporada. Com ciúmes de outros homens e ainda escondendo a verdade de Janice. Isso não vai acabar bem. Aliás, cada vez mais sinto que Matt, assim como Mohinder, já perdeu seu prazo de validade na série. Ele deveria representar o homem de família que tem que lidar com as dificuldades de seu trabalho e poderes convivendo juntos, algo que já acontecia na primeira temporada. Se não há nada mais para explorar em Matt, perde um pouco o sentido ele ainda aparecer. Vamos ver até onde a presença de Sylar vai lhe trazer alguma importância.


Angela e Nathan

Achei cedo demais para começarem a explorar o Sylar dentro do novo Nathan. Poderia ter sido bem mais sutil, ainda temos uma temporada com mais 17 episódios pela frente, não era necessário já mexerem com a cabeça de Nathan agora. Ou vira de vez o filho de Angela e Sylar invada logo Matt, ou vão jogar Nathan para escanteio e Matt finalmente se livra do cara. Não sei, ainda acho isso muito confuso, algo que só o tempo vai mostrar ser bom ou não. Angela vai passar a temporada todo com medo do filho. Era melhor ter matado logo o Sylar quando poderia. Acho que lá no fundo ela gosta de Sylar, por isso ainda insiste em mante-lo vivo.


Peter próximo do Super-herói

Só falta a identidade secreta! Peter é o único que até agora está mesmo atrás da tal redenção que o volume propõe. Ele se esquivou de sua vida cotidiana para passar o tempo todo tentando salvar pessoas. Como disse Bennet, isso não será bom para ele por muito tempo. Mas por enquanto está satisfatório, o próprio Peter disse não querer se envolver em outros casos. De certa forma isso pareceu um recado dos roteiristas, de que deixariam as histórias mirabolantes de vírus e fórmulas de fora da série.

Só achei estranho o Peter não querer falar com Nathan. Antes dos dois irem enfrentar Sylar eles tinham feito as pazes e tudo mais. Seria normal Peter falar com o irmão, não há mesmo motivos pra esse isolamento.


Bennet e Tracy

Mais alguém se assustou com aquele clima entre Bennet e Tracy? Vai rolar algo entre eles? Isso não é muito estranho? Bom, Tracy prometia ser uma das maiores vilãs da temporada e agora ela dá uma de Niki e começa a se dividir entre fazer o bem e o mal, mudando de opinião muito rápido quando Bennet propõe um acordo. Eu só tenho a lamentar por terem matado a Niki e trazido uma personagem muito sem graça para o lugar dela. Quando ela finalmente parecia melhorar ajudando o Micah, a colocaram como uma assassina vingativa e afastaram de vez o único que poderia fazer a estada dela ser mais interessante na série. Aliás, por que tiraram o Micah mesmo? É, não tem motivo.

Pior do que isso foi aquele clima entre ela e o pai da Claire, agora solteiro e pronto para começar a trabalhar para Angela novamente. Será que dessa vez eles vão criar uma companhia para ajudar as pessoas especiais (tipo a escola do Xavier em X-Men) ou vão continuar a tentar controlar todo mundo? Aguardem os próximos capítulos...


E o Mohinder?

Até o Haitiano apareceu nesse episódio. Isso porque ele tem um poder bem útil e o pessoal gosta dele, tem o seu carisma e até agora não pisou na bola como o cientista indiano. Buhinder, como já vi escrito em algum lugar, infelizmente perdeu toda sua graça desde que ganhou poderes e ficou mais chato do que já era. Poderia ter se unido a Maya e ido a Guatemala para tentar viver uma vida comum novamente. Ou ficar apenas com o cargo de narrador da série, a única coisa que ele vem fazendo direito até agora.


E afinal...

Os episódios foram bons, mostraram todos os personagens principais, muitos secundários e soube ser firme ao contar as histórias. Acredito que nos próximos o foco deve se dividir um pouco, mostrando 2 ou 3 arcos diferentes por episódios, pra não bagunçar demais o decorrer das coisas. Outra mudança interessante foi notar como a trilha sonora mudou. No final de Fugitives já fizeram algumas alterações, colocando algumas musicas para tocar e não apenas aquelas instrumentais, tem típicas de filmes. Nesse episódio isso ficou bem mais evidente, principalmente nas cenas em que Claire aparece.


Ponto Alto

A cena em que Edgar mata Danko e ainda tenta acertar Tracy. Foi um dos momentos mais animadores pra mim. É legal que esses aconteçam de vez em quando, mas também não podem ser excessivos, daí perde a graça. A briga com Peter também foi bem legal.



Ponto Baixo

A ceninha de ciúmes de Matt com o entregador de água foi bem dispensável. Tocar nesse assunto agora é uma perda de tempo terrível para alguém que já tem que lidar com o Sylar pertubando os seus pensamentos.