sexta-feira, 10 de abril de 2009

Review 3x22 - Turn and Face the Stranger

O episódio 22 da terceira temporada veio para espantar de vez o sono deixado pelo episódio anterior e provar que Heroes está mesmo de volta aos bons tempos.

O texto a seguir contém informações reveladoras sobre este episódio. Se você não quer saber o que vai acontecer em Heroes, não leia este texto adiante.

Que episódio foi esse!? Posso dizer com certeza que, pra mim, foi o melhor dessa temporada. Acho que o melhor em muitos anos da série. E só provou que focar a história nos personagens é muito melhor do que em fórmulas, vírus e tentativas repetitivas de salvar o mundo. Isso parecia tão óbvio, mas demorou um tempo e alguns tropeços para a equipe criativa de Heroes perceber que o forte da série está em seus personagens. É a mistura desses dramas e dos desafios vividos com cenas de ação e suspense inteligentes fazem Heroes ser a série que é.

Com esse episódio também foi possível perceber a “curva” que a série fez desde a entrada de Bryan Fuller. Mas vamos tratar disso em outro texto.


O Grande Truque

Como imaginei, Noah não engoliu mesmo a suposta morte do Sylar. E é essa desconfiança que vai acabar direcionando Bennet para sua perdição. Quando ele comenta com Angela que não acredita na morte de Sylar e irá fazer o que é necessário para descobrir a verdade, não temos idéia do tamanho da encrenca em que ele vai se meter. Mas Angela sabia e por isso tentou avisar para ele desistir, mas foi em vão.

A forma como Bennet foi se enroscando em sua própria teia foi muito bem arquitetada. Ele é muito inteligente, mas Sylar também é. Se há alguém a altura de Sylar nesse momento para um embate, esse alguém é o Bennet. Sem poderes ele consegue se virar muito melhor do que aqueles que tem poder. Sua queda só começou quando ele foi atingido no ponto fraco: sua família. Sylar sabia muito bem como “destruir” Noah. Quando ele diz a Danko que esse é seu objetivo, dá até um certo medo.

E como o Sylar mudou. Ele começou a temporada tentando buscar respostas e chegou a conclusão de que é como é e não irá mudar. Mirar seus esforços em buscar mais poderes e acabar com Nathan, fez com que ele voltasse ao patamar de grande vilão, que já havia ficado de fora por algum tempo. Com isso sua permanência na série é mais do que justificada e seu “prazo de validade” como personagem foi estendido.

O ponto fraco de Bennet não existe em Sylar. Ainda mais depois de conhecer seu pai, Sylar sabe que não tem ninguém no mundo que se preocupe com ele, e ele mesmo não está nem aí pra ninguém. E mais alguém foi pego com o mesmo ponto fraco.


A fraqueza de Danko

Em “Cold Snap” tivemos algumas pistas bem discretas do lado humano de Danko. Mesmo ele sendo um “cara mal” ele não é um Sylar da vida, ele tem sentimentos. Foi buscando ferir os sentimentos do caçador que Matt o seguiu, se aproveitando muito bem de seu poder. Ele encontra uma ex-prostituta que agradava Danko e descobre que ele criou uma história falsa para a moça, para assim viver uma outra vida, bem diferente da que ele vivia enquanto trabalhava. Matt consegue expor toda a mentira de Danko, mas ainda não se sente vingado. Ele quase mata a moça, muda de idéia (uma cena meio estranha, acho que deveria ter sido feita com mais cuidado) e deixa sua vida nas mãos do caçador. Quando Danko atira, mesmo não acertando (com a brilhante intervenção de Hiro) acaba destruindo mais sua imagem para a pobre moça russa, que percebe o quanto se enganou. E agora, mais do que nunca, ele vai se empenhar para acabar com todos os Heroes.


A crise de Matt

A algum tempo Matt estava a beira de passar para o “lado negro da força”, como ficou bem claro em Villains. Daphne o trouxe de volta ao caminho certo, mas a morte dela acabou piorando tudo. No momento de redenção diante de Danko, Matt já não tinha nada a perder, e é nesse momento que Hiro chega com uma nova esperança.

Essa é mais uma marca da mudança proposta por Bryan Fuller. A relação de Matt e Daphne era meio forçada, foi apresentada como algo pré-destinado e não aconteceu de forma natural. Já era um relacionamento fadado ao fim, mas conseguiram se aproveitar disso para colocar Matt numa situação extrema e trazer sua família de volta num momento oportuno. Matt deve se dedicar a cuidar do filho e pode até voltar a ficar com Janice, já que o motivo da separação era a paternidade do garoto.
Eu sempre achei que Daphne combinaria muito mais com o Hiro, mas agora ja é tarde.


Ando e Hiro seguem em alta

Em “Cold Snap” Ando e Hiro finalmente entraram em sintonia com a série. A jornada deles neste volume só foi comprometida pela viagem à Indía. Foi o momento mais fútil da dupla. Tudo está sendo recompensado com o resgate do Matt Jr. Eu dei boas risadas com a cena em que Ando precisa segurar uma careta pro bebê não chorar. Esse é o ponto forte da dupla. Foi uma cena bobinha, mas foi realmente engraçada, coisa que não acontecia a muito tempo. E houve também um humor mais discreto, com o caipira japonês, muito bem bolado.
Para quem ainda tinha dúvidas sobre o poder do Hiro, ele não precisa mesmo do bêbe o tempo todo pra funcionar. Mas o garoto é mais do que “fazer funcionar”, se ele não está feliz, nada funciona. Será que isso também vale para os poderes? O que aconteceria se ele estivesse aos berros perto de Sylar? Estou esperando ansiosa pra isso acontecer.


Mohinder se entrosa novamente

Mohinder, assim como Tracy, também está sem rumo na série. Mas conseguiram cavar algo novo para ocupar a atenção do cientista. Tiraram lá do seu falecido pai, uns papéis sobre um projeto enterrado no passado. E lhe devolveram seu papel de narrador, metaforizando os acontecimentos atuais com o mito de Ícaro. “Voar, voar, subir, subir...” Alguém se lembra? É uma música do Biafra chamada “Sonho de Ícaro”, sucesso lá nos anos 80 (desenterrei essa). Volta e meia esse mito é retomado, por sua simbologia universal. Desafiar o perigo e alcançar sonhos não são os únicos temas do mito. Há diversas outras perspectivas, mas a única interessante para Heroes já foi apresentada.


O que aconteceu em Coyote Sands?

Depois de tantas viradas na trama, um novo elemento promete agitar ainda mais as coisas. Uma nova origem é introduzida para explicar a atual situação das pessoas com poderes. Aquela expressão de “esqueletos escondidos no armário” se encaixa perfeitamente nesse caso. Será que há só ossos por lá, ou isso é apenas uma parte do que está enterrado? Segundo o que Angela fala, deve ser algo surgido antes mesmo da Companhia, na forma mais rudimentar possível. Só fico aqui imaginando quantos anos Angela tem para ter vivido tudo isso! E o próximo episódio irá explorar esses anos passados da matriarca Petrelli. Pena que estamos a 3 semanas do final da terceira temporada.


Ponto Alto

Foram tantos que fica difícil escolher. Mas fico com uma cena que não comentei ainda, quando Bennet atira num dos soldados de Danko e percebe que o cara morreu mesmo. Nunca vi ele tão desesperado assim, só restando correr a mil para se salvar de todas as besteiras que cometeu. E afinal ele estava mesmo certo, só errou ao confiar em Danko para conferir se o soldado estava vivo ou não.


Ponto baixo

Fica para o momento estranho da cena em que Matt desiste de matar a russa Alena para entregar sua vida a Danko. Foi muito rápida e repentina.
No geral, não há mesmo do que reclamar desse episódio, foi muito bom.

11 comentários:

  1. Hehehehehehe!


    sei que é muito desagradável falar isso, mas... EU CONCORDO COM TUDO QUE ESCREVEU. Sério, não tenho nada a acrescentar, gostei muito deste review acerca deste episódio de que gostei tanto. ^^

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  2. Nossa. vc é a melhor ,nos comentários sobre a série. minha ansiedade não é só baixar o capitulo para assistir , é tambem ler seu comentário. tudo de bom para vc e boa semana santa.

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  3. alessa5:44 PM

    Eu por acaso nao gostei muito do episodio...pareceu me estar a ver uma outra serie normal. quando acabei de ver o episodio fiquei na mesma. lol mas estou curiosa com o proximo

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  4. Letícia7:08 PM

    Esse episódio foi muito bom mesmo, o final com aquele ar de suspense e mistério me deixou ansiosa e intrigada, não vejo a hora de assistir o próximo episódio para descobrir o que tem de tão importante nesse lugar, Coyote Sands...
    Esse episódio com certeza, deu um novo rumo a série.

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  5. Anônimo9:26 AM

    sinceramente nao gostei assim muito...o fim deixou curiosidade para ver o proximo episodio....mas este em fim....para mim nao mostrou nada de especial...

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  6. Eu gostei mais do epi da semana passada...
    Mas valeu o review. :D

    Feliz Páscoa Amanda! ^^


    Beijo,
    Sarah Suresh

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  7. Anônimo8:09 PM

    Na minha opinião o episódio foi um dos melhores de toda a temporada... este teve os diálogos muito bem construídos, cenas que fazem vc tirar conclusões e se enganar no mesmo episódio (Ex. Sylar metamorfo), personagens cruzando o caminho de outros como se de alguma forma todos estivessem conectados e finalmente o gostinho de "quero mais" que nos deixou no final.
    Por essas e ouras acho que Heroes tomou de vez o rumo certo.
    O Review ficou fantástico... Amanda vc arrebenta mesmo... Parabéns!!!

    Ricardinho

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  8. Anônimo7:52 AM

    Concordo com Nei. Depois do episódio, fico empolgado para ler o Review, e saborear o episódio de outro jeito...
    Eu não gostei de uns comentários falando mal do episódio anterior. Acho que era necessário um episódio cheio de ação e outro mais reflexivo, os 2 forçando a volta da estória ao que era na primeira temporada. E vendo esses 3 episódios desde Bryan Fuller, parece que deu certo. Como alguém pode fazer diferença...
    Amei este episódio. Gosto mais de episódios assim com suspense e drama inteligentes, do que ver raios congelantes, elétricos, vôos etc. Estes são recursos para temperar, não deve ser focado nisso. Acredito que isso seja o sucesso da primeira temporada.

    Mas Parabéns a série, ao review (e a Amanda) e aos fãs por manterem a crença em Heroes como eu.

    Eu só descordo com o ponto baixo sendo o do Matt (mas pode ser por que eu amo o Matt). A Atuação que não ficou muito boa mesmo.
    Pra mim nem teve ponto baixo.

    O ponto alto para mim (Teve muitos mesmo) foi quando o Bennet joga sua mulher numa mesinha e força ela a dizer que era Sylar, e ela aos prantos grita com ele, depois ela se recompõem. Foi genial. Sylar subiu mais uns degraus - sem a matança desenfreada - Ele ta mais ardiloso.

    Abraço, Marcos Maia.

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  9. Anônimo11:23 AM

    É por isso que temos uma PAIXAO por heroes!!!!
    Voltamos ao rumo gente!!

    SERA?!?!?!?!?!

    KKKK
    Elson Junior

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  10. Oiii adorei esse capitulo ^^
    mais pq naum postaram ainda com a legenda ???
    bjux

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  11. Gabriel7:47 PM

    Parabens pela coluna na Universal Amanda!! Vc merece...

    Agora só discordo do seu Review em um ponto: O ponto alto. O Bennet foi ingênuo demais em acreditar que o Danko iria entregar o Sylar de bandeja, principalmente por coação, mas essa "escorregada" no enredo não chegou a estragar este episódio que sem dúvida foi o melhor desta temporada até agora.

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